sábado, 28 de fevereiro de 2015

A Lei de Tríplice

A Lei Tríplice ou Lei de Três, comumente usada na Wicca, é a única lei desta religião, que dita: "Tudo o que fizeres voltará em triplo para ti", ou "Tudo aquilo que fizer retornará a você nesta vida multiplicado por três",1 sendo aplicada tanto na própria execução da mesma, quanto nos aspectos gerais da vida. Normalmente, o bruxo praticante da wicca usa esta regra no dia a dia, associando-a a um meio de vida. Um exemplo no dia-a-dia é se você der amor, terá amor triplicado. Se enviar negatividade, terá negatividade triplicada. Um wiccano tendo em mente a Lei Tríplice deve ter consciência dos seus atos para não praticar algo prejudicial a outra pessoa ou ambiente, pois este sabe que receberá a consequência de seus atos triplicado.1 A Lei Tríplice é a "lei da magia" mais famosa que existe na comunidade Wicca, pois esta "limita" os praticantes de cometerem atos ilícitos a si e aos outros.

Deus Cornífero

O Deus Cornífero para um Bruxo Moderno é o Consorte e Filho da Deusa Mãe, a Criadora e Incriada. Esta é a visão dos Neopagãos na religião Wicca. O Deus Cornífero é o deus fálico da fertilidade. Geralmente é representado como um homem de barba com casco e chifres. Ele é o guardião das entradas e do círculo mágico que é traçado para o ritual começar. É o Deus dos bosques, o rei do carvalho e do azevinho e senhor das matas. É o Deus que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida representam nossa própria existência. A mais antiga imagem conhecida do Deus Cornífero é aquela do Deus com chifres de cervo ou alce, o Senhor das Florestas. Com o passar do tempo, à medida que a humanidade se tornava sedentária, passando da fase coletora para o desenvolvimento de uma agricultura e a domesticação de animais, surgem as imagens do Deus com chifres de touro e de bode. Em todo caso, todas essas imagens o representam como o Deus portador da renovação e da virilidade. O antigo Cornífero é o Caçador das Florestas, o Homem Verde, o Senhor dos Animais, o ctônico e escuro Senhor das Sombras que habita o submundo, o Senhor da Morte. O Deus em seu único aspecto celeste representa o Sol – representando o pilar masculino, porém seus principais atributos, que o concretizam como o Deus na Wicca, são esses citados. Com o surgimento da agricultura, o Deus torna-se associado às culturas agrícolas, como o Senhor das Colheitas, que se oferece em sacrifício para que a humanidade possa sobreviver. A origem dos ritos da comunhão é muito antiga, quando o povo consumia a natureza divina transformada em pão e vinho, unindo-se ao seu espírito. Esses ritos estavam intimamente ligados aos mistérios da transformação e reencarnação, e eram retratados nos ciclos do reino vegetal e no mito da Roda do Ano.
Créditos: Wikipédia

Deusa Mãe

Na religião Wicca acredita-se em uma força superior, a Grande Divindade, de onde tudo veio. Essa força superior é adorada sob a forma de duas divindades básicas: a Grande Mãe e o Deus Cornífero. Esse Casal Divino representa todos os demais deuses das diversas mitologias adotadas pelos wiccanos. Como algumas tradições wiccanas seguem uma infinidade de deusas e deuses, a crença pagã é que todas essas deusas e todos esses deuses são aspectos diferentes da grande deusa e do grande deus. Daí o ditado da Wicca que diz que "Todas as deusas são uma deusa e todos os deuses são um deus (Dualidade cósmica). A deusa mãe é a geratriz de todo o universo e de tudo o que ele contém, daí a frase: Tudo vem da deusa e tudo para ela retorna. Uma conseqüência do culto à deusa mãe na wicca é a super-valorização da natureza, justificada pela sua ligação à Terra, na forma de Gaia. Além da Terra, outro símbolo muito importante da deusa é a Lua, onde se manifesta de três maneiras, na forma de deusa tríplice, sendo a Lua cheia associada ao seu aspecto de deusa mãe. Uma questão que muitas vezes se levanta na wicca é se a deusa é mais importante do que o deus. O que se pode dizer é que é uma discussão inócua. A deusa e o deus são de igual importância na wicca. Embora pareça haver mais enfoque à deusa, as duas divindades básicas da wicca são complementares. Não há hierarquia entre elas.

Os 8 Sabbats


Samhain

31 de Outubro (Hemisfério Norte) e 1° de Maio (Hemisfério Sul).
Este Festival marca o ano novo celta, assim como o início de uma nova Roda do Ano. Samhain, o festival dos mortos, foi cristianizado como Halloween. Essa é uma época de meditação e reflexão, sobre os ciclos da natureza, da vida e da morte. Época de nos conectarmos com a energia dos nossos antepassados e de todos aqueles espíritos e seres que nos auxiliaram em nossa caminhada, pois é uma época em que, segundo a cultura pagã, o "véu entre os mundos" se torna mais tênue.

Yule

21 de Dezembro (Hemisfério Norte) e 21 de Junho (Hemisfério Sul).
Yule é a época do Solstício de Inverno, quando a Criança do Sol renasce, a qual é uma imagem do retorno de toda nova vida através do amor dos Deuses. Os escandinavos tinham um Deus chamado Ullr, e dentro da Tradição Nórdica, Yule é considerado o Ano Novo. Nas demais tribos e povos da europa pré-cristã, o solstício de inverno era a mais antiga festa sazonal e dada sua importância foi sincretisado com as festividades do Natal Cristão.

Imbolc 

1º de Fevereiro (Hemisfério Norte) e 31º de julho (Hemisfério Sul).
Imbolc, também chamado Oilmec e Candlemas ("Candelária"), celebra o despertar da terra e o crescente poder do Sol. A Deusa é venerada em seu aspecto de Virgem da Luz e seu altar é decorado com galanto, que anuncia a primavera. É a festa da lactação, da bênção aos recém-nascidos, pois a Deusa amamenta o Deus renascido na forma de seu filho.
Hemisfério Norte: 2 de Fevereiro
Hemisfério Sul: 1o de Agosto
Também conhecido como Imbolc, Oimelc e Dia da Senhora, Candlemas é o Festival do Fogo que celebra a chegada da Primavera. O aspecto invocado da Deusa nesse Sabbat é o de Brígida, a deusa celta do fogo, da sabedoria, da poesia e das fontes sagradas. Ela também é deidade associada à profecia, à divinação e à cura.
Esse Sabbat representa também os novos começos e o crescimento individual, sendo o "afastamento do antigo" simbolizado pela varredura do círculo com uma vassoura, ou vassoura da bruxa, tradicionalmente realizado pela Alta Sacerdotiza do Coven, que usa uma brilhante coroa de 13 velas no topo de sua cabeça.
Na Europa, o Sabbat Candlemas era celebrado nos tempos antigos com uma procissão à luz de archotes para purificar e fertilizar os campos antes da estação do plantio das sementes e para glorificar as várias deidades e os espíritos associados a esse aspecto, agradecendo-lhes.
A versão cristianizada da procissão de Candlemas honra a Virgem Maria e, no México, ela corresponde ao Ano Novo Asteca.
Incensos: manjericão, mirra e glicínia. Cores das velas: marrom, rosa, vermelha. Pedras preciosas sagradas: ametista, granada, ônix, turquesa. Ervas ritualísticas tradicionais: angélica, manjericão, louro, benjoim, quelidônia, urze, mirra e todas as flores amarelas.

Ostara

21 de Março (Hemisfério Norte) e 21 de Setembro (Hemisfério Sul).
Agora noite e dia são iguais. Em Ostara o Sol aumenta em poder e a terra começa a florescer. Na época do equinócio de primavera, os poderes da fase de armazenamento do ano são iguais aos da escuridão do inverno e da morte. Para muitos pagãos, o jovem Deus, com seu chamado de caça, mostra o caminho com dança e celebração. Outros dedicam essa época do ano a Eostre, a Deusa anglo-saxã da fertilidade.

Beltane 

1 de Maio (Hemisfério Norte) e 31 de Outubro (Hemisfério Sul).
Os poderes da luz e da nova vida agora dançam e movem-se através de toda a criação. A Roda continua a girar. A primavera dá lugar à primeira floração plena do Verão e os Pagãos celebram Beltane com a dança da fita, simbolizando o Sagrado Casamento entre Deusa e Deus.

Litha

21 de Junho (Hemisfério Norte) e 21 de Dezembro (Hemisfério Sul).
Litha ou Solstício de Verão. O Deus em seu aspecto de luz está no auge de seu poder e é coroado como o Senhor da Luz. É uma época de fartura e celebração.

Lammas

1º de Agosto (Hemisfério Norte) e 2 de Fevereiro ou 21 de fevereiro(Hemisfério Sul).
Lammas, também chamado Lughnasadh, é o tempo da colheita do trigo, quando os Pagãos colhem o que plantaram, quando celebram os frutos do mistério da Natureza. Em Lammas, os Pagãos dão graças pela generosidade da Deusa em seu aspecto de Rainha da Terra.

Mabon

1º de Agosto (Hemisfério Norte) e 2 de Fevereiro ou 21 de fevereiro(Hemisfério Sul).
Lammas, também chamado Lughnasadh, é o tempo da colheita do trigo, quando os Pagãos colhem o que plantaram, quando celebram os frutos do mistério da Natureza. Em Lammas, os Pagãos dão graças pela generosidade da Deusa em seu aspecto de Rainha da Terra.
Fecha-se o Ciclo
A Roda gira e volta a Samhain.
Creditos: Wikipedia


Wicca- Crenças e costumes


Créditos: Familia Espirita

5 Perguntas Frequentes referente ao Wicca.

1- Wicca adora ao Satanás? 

Resposta curta: Não, resposta nem tão curta: Definitivamente não.

2- É possível que eu pratique magia e continue sendo cristã?

Não, os cristãos não devem ter outros deuses, além de prever punição para aqueles que praticam a bruxaria.

3- Tenho que fazer parte de um Coven?

Não, algumas pessoas gostam de participar do Coven pelo companheirismo já outras optam pela adoração solitária.

4- Como me torno uma bruxa?

Siga a religião da bruxaria. Para isso basta acreditar na Deusa como divindade principal e seguir os 3 princípios básicos que são : Entender, acreditar e praticar.

5- A bruxaria é secreta?

Não, porém a sociedade ainda não entende muito, e o horror do tempo das fogueiras ainda vive nas bruxas, Alguns ainda não conseguem compartilhar suas crenças.

Os 13 Princípios Wicca

Em abril de 1974, O Conselho de Bruxos Americanos adotou um grupo de Princípios da Crença Wiccana. São eles:

1. Praticamos rituais para nos colocarmos em harmonia com o ritmo natural das forças naturais, marcadas pelas fases da lua e ápices das estações.
2. Reconhecemos que nossa inteligência nos traz uma responsabilidade única em relação ao nosso ambiente. Buscamos viver em harmonia com a natureza, em um equilíbrio ecológico, oferecendo um compromisso com a vida e a consciência dentro de um conceito evolucionário.
3. Reconhecemos uma profundidade de poder muito maior que o detectado pelas pessoas “comuns”. Sendo tão forte, é as vezes denominado sobrenatural, mas nós o vemoscomo parte potencialmente natural a todos.
4. Cremos que o poder criativo do universo se manifesta através das polaridades masculina e feminina e que esse mesmo poder reside em todas as pessoas, operando mediante a interação do masculino e feminino. Não valorizamos um acima do outros, pois sabemos que cada um é o suporte do outro. Valorizamos o sexo como prazer, como o símbolo e manifestação da vida e como um das fontes de energia utilizada nas praticas mágicas e em adoração religiosa.
5. Reconhecemos tanto o mundo externo como o interno ou psíquico, as vezes conhecido como o mundo espiritual, ou Inconsciente Coletivo, ou os Planos Interiores, etc; vendo na interação destas dimensões a base para os fenômenos paranormais e os exercícios mágicos. Prestamos igual atenção as duas dimensões, considerando ambas necessárias para nossa realização.
6. Não reconhecemos hierarquia autoritária, mas sim honramos aos que ensinam, respeitamos aqueles que compartilham seus conhecimentos e sabedoria e apreciamos aos que valentemente se dedicam a ser mestre e professores.
7. Consideramos que a religião, a magia e a sabedoria nos unem em nossa forma de contemplar e viver dentro de mundo e identificarmos esta filosofia e visão mundial como Bruxaria, o caminho dos Wiccans.
8. O chamar-se “bruxa(o)” não constitui a ser bruxa(o) tão pouco o faz a herança em si, nem a coleção de títulos, graus e iniciação. Uma bruxa(o) intenta controlar as forças vitais dentro de si mesmo a fim de viver sabiamente, em harmonia com a natureza e sem prejudicar ninguém.
9. Afirmamos nossa crença na vida, no progresso, na evolução e no desenvolver do caminho, os quais dão um significado ao universo conhecido por mais e nosso papel dentro dele.
10. Nossa única mágoa contra o cristianismo ou contra qualquer religião ou filosofia reside no fato de liberdade os demais e suprimidos outras práticas e crenças religiosas.
11. Como bruxas(os) americanos não estamos envolvidos em debates sobre a história da arte, as origens dos diversos termos, a legitimidade de vários aspectos de diferentes tradições, interessando-nos unicamente por nosso presente e futuro.
12. Não aceitamos o conceito de mal absoluto, nem adoramos nenhuma entidade conhecida como Satanás ou Diabo, tal como define a tradição cristã. Não buscamos o poder através do sofrimento dos demais nem permitimos que se obtenha algum beneficio pessoal por tais meios.
13. Cremos que devemos buscar dentro da natureza o necessário para nossa saúde e bem-estar.
Creditos: Nas Mãos da Lua